Tag: Fernanda Torres

  • Oscar 2025: Descubra os Vencedores das Categorias Mais Esperadas!

    Oscar 2025: Descubra os Vencedores das Categorias Mais Esperadas!

    Oscar 2025: ‘Anora’ Domina a Noite e Brasil Faz História com o Primeiro Oscar Internacional

    O Oscar 2025, realizado na noite de domingo, 2 de março, ficou marcado por momentos históricos e emocionantes. O grande vencedor da cerimônia foi o drama Anora, que conquistou cinco estatuetas, incluindo a cobiçada categoria de Melhor Filme. A produção, uma tragicomédia dirigida por Sean Baker, conta a história de uma stripper de Nova York e seu romance com um herdeiro russo, e dominou as principais categorias da noite.

    Além de Melhor Filme, Anora levou as estatuetas de Melhor Diretor para Sean Baker, Melhor Roteiro Original, Melhor Edição e Melhor Atriz para Mikey Madison, que também foi um dos grandes destaques da noite. Em seu discurso, Baker fez um apelo à preservação das salas de cinema, ressaltando que o amor pelo cinema nasce nas grandes telas, especialmente após os desafios impostos pela pandemia e pela popularização do streaming.

    Enquanto Anora celebrava sua grande vitória, outro filme que também estava no radar dos favoritos, Conclave, levou apenas o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, com Peter Straughan sendo reconhecido pela sua adaptação cinematográfica sobre as intrigas no Vaticano durante a eleição de um novo papa.

    Primeiro Oscar Brasileiro: ‘Ainda Estou Aqui’ Conquista Melhor Filme Internacional

    A noite também foi histórica para o Brasil. O país finalmente conquistou seu primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional, com o longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. Ambientado durante a ditadura militar brasileira, o filme teve uma recepção calorosa e venceu o musical Emília Pérez, que apesar de suas 13 indicações, saiu com apenas duas estatuetas, após um ano repleto de polêmicas.

    Ao receber o prêmio, o diretor Walter Salles fez uma homenagem ao espírito de resistência feminina no Brasil. “Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande em um regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir”, disse Salles, dedicando a vitória à atriz Fernanda Torres, que interpretou a protagonista, e a lenda Fernanda Montenegro. Torres, que também concorria ao prêmio de Melhor Atriz, foi superada por Mikey Madison.

    Vencedores das Principais Categorias

    Além dos grandes destaques de Anora e Ainda Estou Aqui, a 97ª edição do Oscar também consagrou os seguintes vencedores:

    • Melhor Filme: Anora
    • Melhor Diretor: Sean Baker, Anora
    • Melhor Ator: Adrien Brody, O Brutalista
    • Melhor Atriz: Mikey Madison, Anora
    • Melhor Ator Coadjuvante: Kieran Culkin, A Verdadeira Dor
    • Melhor Atriz Coadjuvante: Zoe Saldana, Emília Pérez
    • Melhor Roteiro Original: Sean Baker, Anora
    • Melhor Roteiro Adaptado: Peter Straughan, Conclave
    • Melhor Filme Internacional: Ainda Estou Aqui (Brasil)
    • Melhor Filme de Animação: Flow
    • Melhor Documentário: No Other Land
    • Melhor Edição: Sean Baker, Anora
    • Melhor Figurino: Paul Tazewell, Wicked
    • Melhor Maquiagem e Cabelo: A Substância
    • Melhor Canção Original: Clement Ducol, Camille e Jacques Audiard, El Mal, de Emília Pérez

    A noite não foi apenas sobre vitórias cinematográficas, mas também sobre celebrações e reflexões sobre o poder do cinema em tempos de transformação e resistência.

  • “Ainda Estou Aqui”: STF assume caso sobre a morte de Rubens Paiva; veja os detalhes

    “Ainda Estou Aqui”: STF assume caso sobre a morte de Rubens Paiva; veja os detalhes

    O filme “Ainda Estou Aqui”, indicado ao Oscar 2025 em três categorias, reacendeu um dos debates mais sensíveis da história recente do Brasil: a impunidade dos crimes cometidos durante a ditadura militar. A produção retrata a luta incansável de Eunice Paiva, que passou quatro décadas buscando justiça pelo desaparecimento de seu marido, o ex-deputado federal Rubens Paiva, morto sob custódia do regime.

    Enquanto isso, no Supremo Tribunal Federal (STF), um recurso pode definir o destino do processo criminal que investiga as circunstâncias da morte de Paiva e a responsabilidade dos militares envolvidos. O julgamento vai além do caso específico: o STF deverá reavaliar a aplicação da Lei da Anistia, considerada um dos principais entraves para punir crimes da ditadura.

    O STF e a Reabertura do Caso

    No dia 21 de fevereiro, os ministros do Supremo decidiram, por unanimidade, analisar o caso de Rubens Paiva e outros dois processos envolvendo vítimas do regime militar. O ex-deputado foi assassinado em janeiro de 1971, e seu corpo jamais foi encontrado.

    A ação penal, que começou na Justiça Federal do Rio de Janeiro, acusa militares de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha armada. No entanto, a defesa dos acusados recorreu alegando que os crimes deveriam ser abrangidos pela Lei da Anistia de 1979, que perdoou tanto opositores quanto agentes do regime.

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o andamento do caso, e agora o STF decidirá se o processo pode continuar ou se será encerrado de vez.

    Crimes da Ditadura São Imprescritíveis?

    O Ministério Público Federal (MPF) argumenta que os crimes imputados aos militares são contra a humanidade, o que os tornaria imprescritíveis e inatingíveis pela anistia. Essa posição está alinhada com decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que já condenou o Brasil por não responsabilizar agentes da ditadura em casos como a Guerrilha do Araguaia e o assassinato do jornalista Vladimir Herzog.

    A decisão do STF terá repercussão geral, ou seja, servirá de precedente para todos os casos semelhantes. Se a Corte validar a anistia, processos contra militares acusados de crimes comuns na ditadura deverão ser arquivados. Caso contrário, abre-se um precedente para a responsabilização de ex-agentes do regime.

    Impacto no Cinema e na Sociedade

    O sucesso de “Ainda Estou Aqui”, estrelado por Fernanda Torres, colocou novamente a história de Rubens Paiva e a discussão sobre os crimes da ditadura no centro do debate público. O filme, além de ser um dos grandes concorrentes ao Oscar de Melhor Filme Internacional, impulsionou a reflexão sobre memória, justiça e impunidade no Brasil.

    Independentemente da decisão do STF, o caso já transcendeu os tribunais e ganhou relevância histórica e cultural. A expectativa agora é se a Corte seguirá a linha das condenações internacionais ou manterá a proteção dada pela Lei da Anistia. O julgamento pode marcar um divisor de águas na forma como o Brasil lida com seu passado autoritário.